A DESCONSTRUÇÃO DA CRENÇA LIMITANTE

05Nada pode ser mais castrador e limitante do que a crença que passamos a alimentar em decorrência das dores que sentimos. Por exemplo, uma criança negligenciada pode traduzir a situação como “Não mereço ser amada”, “Não mereço receber cuidados e proteção”, e a partir daí assumir essa crença como uma verdade que a acompanhará por toda a vida.

A crença limitante servirá como filtro para tudo o que olhamos e vivenciamos. Assim, acabaremos atraindo situações, pessoas etc. que irão cada vez mais reforçar a crença arraigada em nosso inconsciente, o que distorcerá cada vez mais a realidade para que se adapte à nossa visão deturpada, tornando-nos incapazes de nos perceber como seres divinos. Portanto, uma vez incorporada, a crença limitante determinará a forma como criamos, interpretamos e compreendemos a nossa realidade.

Algo que todos nós fazemos sem nos darmos conta é reter a respiração sempre que algo nos causa dor. É automático: a bola vem na nossa direção, bate na nossa cabeça, nós aspiramos o ar e o retemos. Trata-se de um reflexo, é algo instintivo. E desse modo vamos aprendendo a reter a nossa respiração para evitar sentir. Dessa forma, cada vez mais vamos confirmando a crença limitante, pois tudo aquilo que não expressamos fica retido em nossa memória celular, num círculo vicioso: a partir da crença, atraímos as situações por causa dessa crença, a dor vem e nós retemos a respiração ‒ o que reforça a crença, atrai as situações… e assim sucessivamente.

É muito comum desenvolvermos uma sobrecompensação para lidar com tudo isso. Voltando ao nosso exemplo da criança negligenciada, no primeiro parágrafo, esse indivíduo provavelmente se verá entre duas possibilidades, podendo transitar entre elas: a busca desesperada por se tornar essencial para os outros, fazendo o possível e o impossível para alcançar amor e reconhecimento, o que o tornará submisso e dependente; ou ele se tornará alguém com tendência ao isolamento, que evita se relacionar intimamente com os semelhantes para não se sentir vulnerável. Afinal, a rejeição sofrida na infância o fez ver o quanto isso é doloroso, e ele instintivamente se nega à interação social, pois teme ter de lidar de novo com essa rejeição ‒ algo pelo que, na verdade, ele espera.

Ao trazer à tona a crença limitante, temos a oportunidade de compreendê-la e modificá-la, bem como às suas ramificações. A crença limitante tem a sua raiz, como por exemplo “Não mereço ser amado”; e a partir daí desenvolvem-se as suas ramificações: “Tudo bem, então, ser maltratado”, “Não faço nada certo”, “Uma vida feliz é para os outros, não para mim” etc.

Para ajudar nesse processo de detectar, compreender e modificar a crença limitante e suas ramificações contamos com técnicas poderosas. Dentro da técnica de Frequências de Brilho, utilizo o trabalho de Amanae Brain e Linha do Poder. Conforme o trabalho ocorre, o cliente pode olhar para cada questão registrada em suas células e, com a respiração consciente, ir soltando tudo o que já não lhe serve mais. Cada indivíduo é único e saberá encontrar a melhor forma de expressar os sentimentos e as emoções retidas em seu corpo.

Christine Day refere-se ao soltar desta maneira: Imagine-se agarrado a um galho acima de um rio muito turbulento. Você tem medo de soltar-se e morrer, ou se machucar muito. A energia do soltar é permitir-se ser levado pela correnteza até o seu destino, sem luta. É o mesmo quando nos vemos nos afogando: quanto mais lutamos, mais nos afogamos. Se nos soltamos, acabamos boiando e sendo levados de volta às margens.

A crença limitante nada mais é do que um mecanismo que criamos para nos proteger. O problema é que quase todos nós esquecemos quem somos verdadeiramente e começamos a viver a partir das máscaras que criamos para sobreviver, e isso nos afasta da nossa essência.

Criamos algumas personalidades incongruentes. Somos um em casa, outro no trabalho, outro com amigos e outros da vida. Incorporamos muitos títulos para nos identificar. Aprendemos a viver a personalidade em vez de viver a individualidade. Mas, como em nosso planeta os véus estão caindo, fica cada vez mais difícil sustentar as máscaras que usamos para nossa sobrevivência. E nós não estamos aqui para sobreviver; ou estamos?

Fugir da verdade que causa dor e colocar a nossa frustração ou dificuldade no compartimento “depois eu olho pra isso” é o mesmo que jogar a sujeira embaixo do tapete: ela não aparece, mas você sabe que ela está ali.

Esta técnica visa revisitar os registros internos armazenados dentro das suas células. É ir de encontro aos bloqueios do corpo, que passam a criar um fluxo de energia cerebral diminuído, com um olhar mais consciente e amoroso, respirando e soltando qualquer emoção ou sentimento que surgir em cada portal acessado. É reconhecer-se. É dissolver o que já pode ser dissolvido.

Uma vez que o espaço de confiança é reconstruído no coração, a questão pode ser desfeita, já que o fluxo da energia que estava bloqueada, e impedia o seu contato com a fonte divina, é restabelecido.

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