QUANTO EXISTE EM VOCÊ DE UM PADRÃO EQUIVOCADO EM RELAÇÃO AOS OUTROS?

Eu utilizo a mim mesma como exemplo para falar daquilo que você pode mudar em sua vida, pois sei que se eu pude fazer essa mudança, você também poderá realizá-la quando estiver pronto para olhar-se com mais atenção, carinho e comprometimento. São anos trabalhando as memórias celulares do meu corpo a fim de liberar as emoções retidas para abrir mais espaço para que mais da minha própria luz entre.

Com os trabalhos de limpeza e liberação que Christine Day tem utilizado nos cursos, workshops e seminários, tenho tido a oportunidade de entrar cada vez mais fundo nessas memórias e soltá-las. Por muitas vezes me questionei sobre como era possível ainda ter retornando em outro nível questões que acreditava estarem absolutamente resolvidas. No segundo módulo para assistentes de professores de Frequências de Brilho, percebi que ainda existiam questões relacionadas ao meu pai instaladas na lateral de ambas as coxas. Fui respirando nos bloqueios, mergulhando mais e mais, e deparei com o complexo de inferioridade ‒ vi a mim mesma pequena, burra, inadequada e insignificante. Meu pai sempre me incentivou a ser melhor, mas isso nada tem a ver com não ser boa. A adulta tem total consciência e clareza, mas a minha criança, não. Por não entender o que ele queria, de forma distorcida ela modificou o olhar com que os outros a enxergavam, e com isso foi criando um padrão de muita insegurança, deslocamento e irritabilidade. Por ele não dar o amor que ela queria, a criança julgou que ele não a amava. Compreendem como é fácil criar armadilhas sabotadoras para nos minimizar?

Criamos expectativas equivocadas, e quando o outro não atinge o valor ilusório que damos aos nossos sentimentos, criamos o drama e caímos na coitada da vítima. Tadinha dela, gente. Querendo apenas ser amada e compreendida… Chega, né?! Tá na hora de trazer luz, compreensão e expressão para essas partes doentias que consomem tanto da nossa vitalidade e alegria. Ninguém tem a obrigação de saber qual o valor que você dá ao amor, ao carinho e respeito. Somos todos bem diferentes, e o valor que dou a cada aspecto da minha vida certamente em muito se diferencia do valor que você dá à sua. Não é possível mensurar quem ama mais, ama menos e se ama. O parâmetro pertence a você, e cabe a você esclarecer aos outros o que você necessita. E mesmo que o outro tente suprir suas necessidades, cabe a você acolher-se.

Ame-se! Respeite-se! Cure você as suas feridas! Quando falta clareza, criamos histórias e acreditamos na nossa cocriação, e geramos milhões de monstros a nossa volta. Quanto drama, hein?! E como sair dessa teia emaranhada que criamos em torno de nós? Como podemos nos tirar dessa cruz de lamentação, miséria e caos? Como alcançar o núcleo da cebola? São muitas as camadas a serem trabalhadas e dissolvidas, e a cada camada retirada uma mais densa vem à tona. E por que ela fica cada vez mais densa, e não sutil? Isso ocorre justamente por termos maior consciência e ferramentas para acessar essas feridas. Ao cortar o dedo, por exemplo, você limpa o corte, passa um antisséptico e o protege com um curativo, certo? E quando você se machuca emocionalmente, como trata a ferida? Você entra na dor e a expressa? Ou se cala ou ignora, e tenta esquecê-la?

Percebe que toda a cura está dentro de você? Infelizmente temos tendência a guardar nas células tudo quanto é dor, tristeza, luto, medo, receio, raiva, solidão… E sabe quem adoece? O coitado do nosso corpo físico. Vamos acumulando emoções em vez de liberá-las. Então, faça uma varredura interna e veja o quanto do seu espaço está sendo limitado por essas emoções. Um espaço que pode muito bem receber mais da sua luz; mas para que ela entre, toda essa densidade tem que sair. Não existe milagre!

Nós temos que assumir um compromisso com a nossa essência. Analise-se! Vasculhe cada espaço do seu corpo, e não se esqueça de dar atenção às partes que você mais menospreza. Tem cicatrizes pelo corpo? Tem células adiposas? Te falta algum membro? Eu te convido a entrar fundo em si mesmo e fazer uma visita como nunca antes. Veja onde estão os bloqueios, os trajetos que foram cortados ou que perderam a conexão. Busque ir de encontro ao seu núcleo e vá criando pequenas fissuras para que a sua luz possa entrar. Isso possibilita que você trabalhe seus aspectos mais vulneráveis em pequenas doses até que possa realmente entrar no núcleo, expressar a emoção que está retida ali e liberá-la completamente, trazendo a cura para o seu sistema. E que você tenha a coragem e bravura de realizar essa jornada em direção às suas sombras bem como à sua luz, firmando um compromisso com a verdade que só o seu coração conhece.

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Texto editado pelo Soul be It – Siga-nos no Instagram: @soul.be.it

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